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31 de out. de 2014

A TEIA DO MUNDO E O BRASIL

Passado o período eleitoral, mais tenso, ouso escrever sobre Astrologia Mundial, pois já não pareceria campanha a favor de, ou contra, este ou outro candidato. Digo: ouso, por não ser versado nesta modalidade astrológica (que descreve e analisa eventos em nível coletivo, seja em país, seja no mundo) e apenas querer partilhar um pouco do muito que vim aprendendo com astrólogos experientes nesta especialidade, como Robson Papaleo e Rui Sá Silva Barros, embora aplicado a uma visão de mundo e a uma compreensão política que me são peculiares.










Em alguns de meus escritos venho utilizando a expressão “teia do mundo”, por meu entendimento de que uma ordem implícita codetermina os eventos na ordem explícita que vivenciamos e percebemos, utilizando aqui conceitos e expressões do físico David Bohm, no âmbito da mecânica quântica.

Ordem implícita que, por sua vez, a nós se revela, mesmo antes de se explicitar, na medida em que consigamos identificar e interpretar arquétipos associáveis a cada  momentum desta teia, o que é a base operativa da compreensão astrológica do mundo e de seus fenômenos inanimados ou animados, objetivos ou subjetivos, individuais, grupais ou coletivos.

Como sabem os que acompanham Astrologia Mundial, em nível planetário e desde 2010 a alma coletiva vinha se caracterizando por tensos momentos de desafio às ordens estabelecidas, com eventos prenunciadores do que, mais à frente, poderia resultar em novas dinâmicas estruturais.

A T-Quadrada e a posterior Grande Cruz Cósmica (tensas e simultâneas Quadraturas e Oposições entre Júpiter, Saturno, Urano e Plutão, todos sendo símbolos da esfera do grupo ou dos coletivos) indicavam que, por um longo período (2010-2017), a humanidade, em cada local com cores e dores específicas, viria a atravessar fases de acentuada disrupção, sob o tipo de dinâmica própria de uma crise evolutiva: de modo dialético, há que se negar a ordem vigente em prol de outra, quase seja esta qual for, para depois, negando a negação, retomar a anterior em outro nível de ordenamento.

Tal qual se conhece, Aspectos tensos Saturno-Urano simbolicamente se associam a dinamismos de destruição criativa enquanto o aspecto estiver vigente, com desestruturação (Urano) para reestruturação (Saturno), dando-se o mesmo, embora de outro jeito, com aspectos Urano-Júpiter, e sendo exponenciado ao máximo possível durante aspectos Saturno-Plutão, aí, sim, em regeneração de fato.

Não à toa, nesta etapa o Norte da África foi tomado pelas “Primaveras árabes”, os Estados Unidos foram impactados por “Occupy Wall Street”, a Espanha conheceu “Los Indignados”, a Inglaterra se incendiou sob as manifestações de Tottenham e, entre demais lugares, no Brasil milhões foram às ruas em junho de 2013, por vezes até sem saber bem por que. O espírito do tempo, ou zeitgeist, era esse: confrontar para mudar.

Por natureza, provocando e sofrendo excessos de fundo emocional-afetivo (aqui, também no coletivo), pois se o pensamento muda com fácil agilidade, a base estruturante de sentimentos e hábitos existenciais (e isto vale para todos) só se altera “no tranco”. Como não há ruptura sem intensidade de oposição ao que exista, o traço marcial da agressividade (e plutônico, se em nível coletivo) esteve sempre presente, aqui com menor destruição, ali mais ameaçador, sob o risco de se jogar o bebê fora com a água do banho, ao invés de apenas esvaziar a bacia para água nova.

Soberanas no significado exposto, eram indicadas alterações de natureza essencial (Plutão) em estruturas (Capricórnio) como tom e teor do vastíssimo período todo: Plutão só entra em Aquário em finais de 2024. Se a realidade parece se organizar e ser cocausada por campos dentro de campos, como a Hipótese dos Campos Mórficos, entre outras, tenta explicar, o que ocorria no Brasil tinha dinâmica própria, dentro do dinamismo mais amplo da alma coletiva planetária.

Aqui, nos finais de 2011 Saturno entrava em Escorpião, Signo que recebe o Meio do Céu do Brasil, ponto que representa a estrutura central de governo. Eu não conseguia esquecer que, na Carta natal do Brasil, Marte está no início do Signo de Escorpião, em oposição a Saturno natal em III, simbolizando quanta agressividade contida (Saturno Oposto a Marte) e ressentida (Marte em Escorpião) reside latente no inconsciente do povo.

O País enfrentaria, assim, do início de 2012 até novembro de 2014, com ligeira “recaída” a ocorrer entre junho e agosto de 2015, a emersão da surda violência potencial que vigora na mente profunda brasileira, durante o tempo em que Saturno estivesse em Escorpião (com um apogeu na virada de 2012 para 2013, quando Saturno ativasse em cheio o eixo Saturno-Marte).

Tanto, que as manifestações populares de junho de 2013 tiveram o seu acentuado sentido reivindicatório quase comprometido por agressividade impositiva (Black blocs e vândalos de ocasião), repelindo parte da opinião pública e desaproveitando o que poderia ter sido só pressão legítima por modificações profundas na estrutura de poder central, isto é, no Governo.

Quando tudo parecia querer ir à deriva entre nós, um benfazejo trígono Júpiter-Netuno-Saturno, em Câncer-Peixes-Escorpião, mostrou que a alma brasileira se apaziguava um pouco e vimos ocorrer, entre nós, a 28ª Jornada Mundial da Juventude. Até para os não católicos foi momento de sentimentos doces, quer pelo assunto, já que o Espírito Santo é amor, quer pelo contraste com o que vinha sendo experimentado coletivamente.

Todo mundo, seja alma pessoal ou alma grupal, precisa de um tempo de respiro. Se nas vezes em que Saturno transitou sobre o Meio do Céu do Brasil, ao menos as mais recentes,  e indicou ter sido pouco antes ativado o eixo Saturno/Marte da agressividade impositiva nacional latente, ocorreram severas alterações no governo central, agora não deveria ser de outra forma.

Em 1954/1955, circunstância análoga da teia do mundo redundou no suicídio de Getúlio Vargas. Em 1984/1985, na eleição e morte de Tancredo Neves. Em 2014, o que ocorreria? Este era o meu temor, na onda de violência crescente que empolgava o Brasil inteiro, ainda mais, como também em 1954, sob atuação pressionadora da grande imprensa, importante formadora de opinião no público e geradora de fortes sentimentos no seio do coletivo, como sabemos.

Imprensa que, empenhada em opor-se à candidata do Governo, fazia por incrementar o que já era dominante: insatisfação resmunguenta coletiva, como Saturno faz pressupor, e em Escorpião, mostrando a face ressentida. Também gerando condições para que a inércia dominasse, própria do que Saturno mais bem simboliza, e travando iniciativas em geral, inclusive as necessárias na economia, que redundariam em menos mal-estar.

Ao meio do caminho, um novo respiro, exato quando Saturno fazia Conjunção pela segunda vez sucessiva com o Meio do Céu brasileiro: a Copa do Mundo, em junho/julho de 2014. Aquilo que se prenunciava como um desastre total, segundo a imagem coletiva gerada e repercutida diuturnamente, tomou o País em clima de festa e, a despeito de entre as linhas dos campos ter sido ruim para o Brasil, no que respeita a todo o resto foi só alegria, orgulho e satisfação.

Nunca mais se falou disto, pois outro assunto era dominante: as eleições presidenciais de outubro, sempre sob os significados apontados por Saturno conjunto ao Meio do Céu e em Quadratura com o Ascendente do Brasil, de novembro 2013 a outubro de 2014, sendo que, no intervalo de abril-outubro de 2014 o mesmo Saturno faria Quadratura com a Vênus brasileira e, assim, adicionalmente sugeria o incremento da perda geral de prazer e alegria na existência coletiva.

Todo dia eu rogava que chegássemos relativamente incólumes a novembro de 2014 – exceto Eduardo Campos, coitado, sob Saturno em conjunção exata com o Meio do Céu em agosto. Pois viria a ter início, então, em novembro, um benfazejo Sextil entre Saturno e Plutão, prolongado até outubro de 2015, sendo que de dezembro 2014 a janeiro 2015 começaria um magnífico Trígono de Plutão com o Sol natal do País, ao mesmo tempo em que um Sextil de Plutão com o Meio do Céu brasileiro, sugerindo que até dezembro de 2017, fosse qual fosse o candidato vencedor de agora na disputa pela Presidência, o Brasil finalizaria esta fase da teia do mundo, a do ressurgimento das cinzas de si mesmo, com intensa e irreversível alteração de estrutura, seja na esfera do Governo central (Meio do Céu), seja na identidade nacional (Sol), chamado a se reinventar – e para melhor, muito melhor.

Não poucos apontam que, passado o momento de ruptura no transcorrer da crise evolutiva, com todos os riscos que uma etapa como esta embute, a dinâmica de crescimento poderá ser marcante e sustentada em outras bases, indicada pelos símbolos que expõem arquetipicamente a teia do mundo. Lenta e segura (por Saturno, que até outubro de 2015 fará, por sua vez, Sextil com Plutão), ao mesmo tempo em que transformadora em um nível poucas vezes vivenciado no Brasil (por Plutão com Sol e com o Meio do Céu).

Há detalhes e nuances, conforme cada momentum atravessado da teia do mundo? Decerto, e sobre isso os especialistas em Astrologia Mundial saberão mais do que eu. Mas, vamos e venhamos: até que merecemos, após tantas dores e temores grupais, não?

Luiz Carlos

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