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25 de set. de 2014

Vocação: aquilo que se expressa com fogo no coração e paixão no corpo

Poucas coisas frustram tanto na vida, quanto não ver sentido no que se faz ou não extrair prazer daquilo a que se dedica. A tarefa é repetitiva, a atividade fica entediante e a expressão de si se apequena.
Quantos de nós, todavia, tiveram a oportunidade de serem muito cedo bem orientados rumo ao encontro e expressão da própria vocação, antes que as obrigações da existência se impusessem e muitas vezes levassem a pessoa por caminhos que, em verdade, não eram os mais satisfatórios para si?
Não basta trabalhar, há que fazê-lo com prazer. Não basta garantir o dia-a-dia, há que preenchê-lo de significado. Isso, muitas vezes leva-se décadas para aprender, sendo que em grande parte dos casos retomar a trilha da melhor expressão de si próprio é bastante complicado, em função de compromissos assumidos, hábitos desenvolvidos e estruturas familiares, sociais e profissionais, ou empresariais, existentes.
Cenário geral como esse, tão comum, reveste de importância uma das especialidades da Astrologia, a Astrologia Vocacional.

Para conhecer um pouco melhor disto tudo, Astrologia Arquetípica esteve com Ciça Bueno, astróloga, numeróloga e musicista, que desde os anos 2000 se dedica a esta especialidade.


Ciça Bueno: Assumir a vocação é comprometer-se,
no coração, com a alegria de produzir bem.


AA – Começando pelo principal: o que é vocação?
Ciça Bueno – Vocação vem do latim vocatio ou vocare, que no dicionário diz “chamamento, intimação ou convite” ou evocar a voz do coração. Vocação é ao mesmo tempo o que impele o indivíduo a uma expressão mais integral de si mesmo, ou seja, o chamamento; pode ser compulsória, pois sem ela nos sentiremos insatisfeitos e, é convite, pois a vida quer que a gente se realize de forma plena, expressiva, criativa.

AA Chamamento? Você está falando de destinação?
Ciça Bueno – A profissão não é determinada, mas a vocação, até certo ponto, sim. A profissão é o resultado desse pendor justamente, mais o treinamento, a orientação e preparo adequados que se deve ter.

AA – Daí a facilidade pessoal maior com esta ou aquela área de atividade prática, seja objetiva ou subjetiva, quando ela corresponde à vocação?
Ciça Bueno – Sim. Inúmeras vezes a vocação se expressa muito cedo, desde que somos crianças, mas termina soterrada por expectativas familiares, por pressões culturais ou sociais... Quando isto não ocorre, e o desenvolvimento de competências e habilidades de expressão é facilitado, a pessoa produz com mais brilho e alegria.

AA – Alegria? Poucas pessoas associam isso a trabalho...
Ciça Bueno – O que é uma pena, pois passamos ao menos um terço de nossa vida trabalhando, enquanto outro terço inteiro de alguma forma se relaciona a isso, em círculos familiares e sociais. Portanto, se a alegria não estiver presente, a vida perde muito em prazer e satisfação.

AA – Daí a importância de uma orientação adequada o quanto antes?
Ciça Bueno – Descobrir a vocação é descobrir o propósito da vida e isso deve subordinar todo o resto. E hoje em dia, frente à multiplicidade de possibilidades profissionais, encontrar uma que facilite a expressão da vocação, não é difícil. Antes, havia meia dúzia de profissões; hoje, há centenas, se contarmos as especialidades e subespecialidades.

AA – Quem a procura para orientação?
Ciça Bueno – Em minha prática de atendimento, são duas as situações mais comuns. Por um lado, jovens em fase de decisão de vestibular e decisão de que caminho tomar. Algumas vezes são seus pais que me procuram, preocupados em orientar bem os filhos. Hoje em dia, o leque de possibilidades é tão vasto, que os pais se confundem: Medicina ou Engenharia? E, se for Medicina, em qual especialidade? Orientação clínica cirúrgica, científica?

AA – Além das próprias expectativas pessoais dos pais, não?
Ciça Bueno – Sem dúvida, nem sempre o filho de um empresário de construção tem pendor para as áreas de Exatas, como seria Engenharia.

AA – Você insiste em felicidade e alegria, ao discutir vocação.
Ciça Bueno – Sim, pois a Casa astrológica chave no assunto é a Casa V. E ao falar desta Casa falamos de criatividade, alegria e prazer de existir expressando a própria identidade, que por sua vez, é assunto do Ascendente.

AA – Só a Casa V e o Ascendente, na profissão?
Ciça Bueno – Não. Os símbolos relacionados ao Ascendente indicam traços pessoais que buscam expressão mais plena ao longo do mapa. No que se relaciona à criatividade, isto é simbolizado pela Casa V; mas, no tocante à profissão, a sequência é Casa II, Casa V, Casa VI e Casa X. A expressão da vocação e seu bom encaminhamento profissional, mobiliza várias áreas da Carta natal: Casas I, II, V, VI e X. Veja como este assunto tem enorme importância para uma pessoa!

AA – Como assim?
Ciça Bueno – A Casa II nos fala de recursos e capacidade produtiva, da produtividade do trabalho, a serviço da Casa V e do propósito do Ascendente. A Casa VI, nos fala do método de trabalho, ou melhor, de como as habilidades necessárias para a expressão da Casa V deverão ser treinados, conforme os ritmos biológicos de cada um. Por sua vez, a Casa X nos fala da colheita, associada à imagem pública, social, de carreira. Assim, quanto mais a vocação apontada na Casa V estiver presente na atividade de Casa X, por meio da Casa II e da Casa VI, mais a carreira brilhará e o indivíduo será feliz.

AA – Esquematicamente falando, a Casa X expressa profissionalmente a vocação da Casa V segundo o método desenvolvido e treinado da Casa VI e com os recursos da Casa II?
Ciça Bueno – Isto! Outros pontos importantíssimos são o Saturno, planeta chave para profissão e os Nodos Lunares.

AA – Voltando a um jovem, cujos pais a procuram?
Ciça Bueno – Então... a Astrologia Vocacional ajuda a orientar na fase clássica de decisão de carreira, que em geral é angustiante, por volta dos 15 e até os 18 anos, quando o jovem está em algum ponto do nível médio e se encaminhando para a graduação. Vale lembrar que entre os 14 e 15 há um hemiciclo de Saturno, primeiro forte momento de “cobrança de destinação”, que leva de 2 a 3 anos para se cumprir. Neste momento, um clássico teste vocacional também é bastante útil, mas a Astrologia é ímpar como opção de aconselhamento.

AA – Em qual nível de detalhes?
Ciça Bueno – Isto varia, caso a caso. Há pessoas destinadas a fazer cursos mais genéricos, outras vieram para fazer coisas mais específicas. Mas, a Astrologia Vocacional pode ajudar a estreitar o leque de alternativas. Nem sempre com a precisão necessária para dizer “Engenharia mecatrônica”, conforme o mapa, porém indica o campo geral e ajuda a pessoa a avaliar as diferentes possibilidades pessoais naquele campo. Pensando em Medicina, por exemplo, cada especialidade tem uma orientação íntima diferente, seja Ginecologia, Ortopedia, Oncologia ou Radiologia. Ou ainda, na Engenharia, seja elétrica, civil, hidráulica. Ou Direito, criminalista, tributarista ou de família.

AA – E o segundo tipo de atendimento?
Ciça Bueno – É o da pessoa que está frustrada, de modo mais ou menos indefinido, com o que vem fazendo. Em geral isto ocorre no primeiro retorno de Saturno, lá pelos 30 anos, ou mais intensamente na primeira oposição de Urano, na crise de meia idade, por volta dos 40 anos de idade. Por fim, pessoas bem maduras, no que se chama Terceira Idade, também podem se servir da Astrologia Vocacional para identificar a inclinação a hobbies, pois tanto vocação quanto hobbies são assuntos de Casa V: expressão criativa, alegria e satisfação.

AA – Como assim?
Ciça Bueno – O terceiro tipo de pessoa que venho atendendo, caso que vem crescendo bastante de uns tempos para cá, é de gente com mais de 60 anos ou prestes a chegar lá. Nesta fase, e isso é mais verdadeiro quanto mais a duração da vida se alonga, em geral já se está aposentado ou em vias de se aposentar. Esse é um excelente momento para passar a se dedicar àquilo que pode ser uma verdadeira vocação, caso não o tenha feito até então. Como hobby ou como profissão acessória, se quiser.

AA – Para todos estes públicos serve o site que você está lançando?
Ciça Bueno – Sim, claro que sim, embora o atendimento pessoal seja mais rico e aprofundado, como é de se esperar. Ocorre que, nem todo mundo que precisa dessa orientação, pode fazer o investimento necessário para uma consulta pessoal. Então, o site oferece a possibilidade desse encaminhamento de forma mais modica, objetiva e prática, via internet.

AA – Via Skype?
Ciça Bueno – Não. Por Skype é o mesmo que uma consulta pessoal. Por mais de cinco anos, eu e Marcia Mattos, minha coautora nesse trabalho, reunimos estudos e dados sobre adolescentes analisados e preparamos os textos que descrevem interpretativos de cada símbolo astrológico. Um dos frutos desse trabalho foi o livro “Vocação, astros e profissões”, que publicamos pela Editora Ágora, em 2007, pensado para autoaplicação pelo leitor, mas também para apoiar pais, educadores e orientadores vocacionais. (AA: a apresentação e o índice do livro podem ser conhecidos em https://www.gruposummus.com.br/indice/20035.pdf).


AA – E o site www.vocacional.com.br?
Ciça Bueno – Pois é, esse é outro bom fruto, que já está no ar e que disponibiliza o perfil vocacional de que vimos falando, com base no vasto material desenvolvido.

AA – Um software interpreta a Carta natal, com foco em vocação?
Ciça Bueno – Não. O software calcula os dados da Carta a partir da metodologia de análise do mapa sob a ótica vocacional que nós desenvolvemos. A partir daí, eu mesma analiso e escolho os textos pré-redigidos e os agrupo em um longo relatório sinóptico, que eu remeto ao internauta que me encomendou. É um trabalho artesanal. Sem dúvida, isto requer a bastante disposição, mas como eu gosto muito do que faço, é um grande prazer poder prestar esse serviço de qualidade. Aliás, como também ocorre com o atendimento pessoal, com a diferença de que, pessoalmente, sutilezas são mais bem aproveitadas.

AA – Sim, pessoalmente é sempre mais rico...
Ciça Bueno – Os símbolos astrológicos são os mesmos desde os babilônios e ainda são atualíssimos hoje em dia para detectar vocação e seus possíveis ofícios. Antes ofício, hoje modernamente, profissão. A riqueza dos símbolos reside nisto e sua eficácia é diretamente proporcional à competência do astrólogo em interpretá-los. O símbolo tem grande amplitude de sentidos e não só na área vocacional, mas em todas as áreas. Então, o bom astrólogo é aquele que sabe estabelecer acesso com qualquer tipo de pessoa, de nível cultural, classe social ou mesmo modelo psíquico, seja ela engenheiro, filósofo ou artista, pois em cada um de nós habita um jeito próprio de ser e de buscar uma boa expressão.

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