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27 de nov. de 2013

A imensa capacidade natural de gerar simpatia



Há pessoas que impactam pela extrema facilidade espontânea em gerar simpatia: quase não há, pode ser dito, quem não “goste imenso” de tais pessoas quando em um primeiro contato.


Se depois a afeição ou o respeito vai ser mantido, é outro assunto.


Em tais pessoas, e podem ser homens ou mulheres, é como se suas “metades” internas estivessem tão harmonizadas – como se diz no popular, suas “energias” masculinas e femininas –, que o impacto natural produzido é o de gerar intenção de proximidade e convívio, e a isto podemos chamar “simpatia”.


A Astrologia Arquetípica identifica tal competência humana (não meritória, porque involuntária e inconsciente) quando os símbolos de Sol e Lua estão em Aspecto bastante harmonioso entre si na Carta astrológica natal, independente de Signo ou das Casas envolvidas.


Não se relaciona a inteligência, a idade, a vigor corporal, a cultura ou a classe social, razão pela qual uma convivência mais aprofundada pode identificar traços tão desagradáveis, que a intenção de convívio e proximidade sofre sério abalo.


Casos assim costumam indicar pessoas em cujo ambiente formativo “pai” e “mãe” estavam tão satisfeitos com o tipo de vida que levavam juntos, que é como se se completassem mutuamente (o que não quer dizer que a convivência fosse saudável, já que um homem inclinado a agredir e uma mulher inclinada a ser agredida, ou vice-versa, levam o tipo de vida que os satisfaz neste aspecto, mesmo que de modo doentio).


Assim, em tais casos, uma mais minuciosa análise dos dados da Carta natal da pessoa é prudente, pois a possibilidade de que a pessoa se mantenha apegada em excesso aos modelos inconscientes aprendidos com as figuras parentais é maior do que na média – já que eles achavam muito legal viver assim! –, mesmo que mantendo a pessoa insatisfeita ou em conflito em diversos aspectos de sua vida.


Imagine um homem com Sol em trígono com Lua e ao mesmo tempo Marte em quadratura ao Sol e Marte conjunto a Lua. Esta Carta natal nos fala desta intensa facilidade de gerar simpatia, ao mesmo tempo em que aponta um temperamento pessoal inclinado a correr riscos demasiados (seja em que tipo de atividade for) e uma grande dificuldade de expor sentimentos de modo não agressivo ou violento.


Então, para este indivíduo (seja homem ou mulher e independente de outros traços pessoais), desenvolver maior capacidade de prudência e passar a expor de modo mais equilibrado seus sentimentos são tarefas maiores do que para a média das pessoas com dificuldades análogas, tão apegado aos padrões familiares esta pessoa em geral se encontra.


Bem trabalhado a contento, este indivíduo pode vir a alterar estes padrões que com facilidade o impelem a situações de autodestruição ou pouco respeito, o que é necessário, mantendo a marcada facilidade natural de gerar simpatia, o que é muito bom para o convívio.

25 de nov. de 2013

Astrologia: hobby ou profissão?



A profissão de Astrólogo integra o Catálogo de Profissões do Ministério do Trabalho há anos e atualmente tramita no Congresso Federal o projeto de lei PL 6748/02, para regulamentar a profissão.

Mais do que regulamentação, porém, a Astrologia requer modificações na forma de expressão de seus conceitos. Caso contrário, mesmo regulamentada continuará sujeita a descrença ou até escárnio, por simples desinformação.

Dou um exemplo: em 2009, conhecida astróloga foi mencionada em importante revista semanal explicando que as instituições estavam em xeque porque “o planeta Urano quer a renovação, enquanto Saturno quer manter o status quo”.


Obviamente um planeta não “quer”, seja lá o que for.


Alguém diria: ora, é linguagem simbólica! Mas o receptor da informação não tem como acessar por si só o que está por detrás do simbólico e, assim, enriquecer a compreensão. Este papel de esclarecimento é dos teóricos e profissionais, tanto quando atuam em meios de comunicação, como quando atuam no atendimento de consulentes.


Neste ano de 2013 fiz apelo a profissionais e estudiosos do tema, em um evento da categoria, no sentido de que somássemos esforços para desenvolver uma Filosofia da Astrologia, no âmbito das teorias do conhecimento (Epistemologia).


Pois creio que, na fase humana que atravessamos, na qual tantos importantes paradigmas têm sido alterados por ampliação ou ressignificação de conceitos, aproxima-se o momento em que as bases da Astrologia, e dentro dela, as da Astrologia Arquetípica, serão mais bem reconhecidas.


Tomo como exemplo uma das áreas de conhecimento mais publicamente afins à Astrologia: a despeito de já em 1934, ano de criação da USP, a Psicologia ter sido declarada “disciplina obrigatória de ensino superior” nos cursos de Filosofia, Ciências Sociais e Pedagogia, apenas em 1958 ocorreu o primeiro curso independente de Psicologia na Universidade e só em 1970 foi criado o Instituto de Psicologia, para graduar profissionais que passaram a ser reconhecidos por Lei a partir de 1962.


Obviamente isto exigirá de seus praticantes, por hobby ou profissão, maior precisão conceitual na compreensão e expressão do que informam e de como chegaram ao que dizem. O que requer estudar e, mais do que isso, compreender.


E este é outro bastião de resistência à formalização, já não bastasse o dos céticos, pois cada vez caberá menos a indefinição e vagueza que ainda domina muitas das produções astrológicas mais usuais, notadamente na indústria do entretenimento.


Lá na frente, assim como se passou com outras profissões, não caberá mais tantas expressões generalistas, que mais do que capacidade poética exposta, muitas vezes esconde o despreparo intelectual de quem se inclina a trabalhar com áreas tão sofisticadas de conhecimento.


Não que lhes falte inteligência; provavelmente, tem lhes faltado boa informação.

23 de nov. de 2013

O pensamento nunca expõe toda a verdade



Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia e o mais sagaz dos deuses olímpicos.






Recém-nascido, desatou-se de ataduras que o prendiam ritualmente a um salgueiro e roubou parte de um rebanho de Apolo. Levado a julgamento frente a Zeus, claro que negou tudo, como se dá em casos assim, e terminou prometendo que não mais mentiria... mas nunca contaria toda a verdade!


Assim é o pensamento humano, avesso a deixar-se preso seja ao que for e também avesso a expor toda a verdade, na medida em que é apreciação e ou exposição apenas parcial do que seja de fato verdadeiro.


Por isso, o amadurecimento ensina haver verdades e verdades sobre o mesmo aspecto da realidade, cada qual costumando ser a visão a partir de um ponto, isto é, um ponto de vista.


Em certo sentido Hermes era um deus benéfico, interessado em síntese de opostos por comparação de diferenças, mas era ao mesmo tempo um deus terrível, por sua loquacidade brilhante e facilidade de argumentação, muitas vezes apresentando a realidade travestida em ilusão conceitual, jogo de palavras.


A seguir, menino ainda, levando Apolo a se encantar com a lira e a flauta (de Pã) que ele, Hermes, inventara, persuadiu-o a ensinar-lhe as artes divinatórias, que Apolo presidia, e mais tarde foi alçado a “psicopompo”, isto é, guia de almas, sendo o único deus que entrava e saía do território de Hades a seu bel-prazer.


Diz o romeno Mircea Eliade, historiador de religiões e mitólogo: “os seus atributos primordiais – astúcia e inventividade, interesse pelas atividades dos homens e psicopompia – serão continuamente reinterpretados e terminarão por fazer de Hermes uma figura cada vez mais complexa e, ao mesmo tempo, o Hermes civilizador, patrono da ciência e da imagem exemplar das gnoses ocultas”.


Tudo isso a Astrologia Arquetípica associa simbolicamente ao Planeta Mercúrio, tonalizando sua manifestação conforme a localização deste Planeta na Carta natal astrológica: nos extremos, um Mercúrio geminiano será um beija-flor de informações, interessado em quase nada de muita coisa, ao passo que um Mercúrio virginiano será irritantemente preso a minúcias, escarafunchando detalhes à busca da possível verdade aninhada nas dobras do real manifesto.


Seja como for, Mercúrio nos fala da capacidade humana em transformar, para memorizar e ou transmitir, a realidade objetiva em conceitos subjetivos, a exata possibilidade humana que nos diferencia de todos os outros seres vivos: o verbo.


Destarte, o seu estado na Carta natal (por localização em Signo e Casa astrológica, e pelos Aspectos que faz) oferece informação sobre como a pessoa lida com a própria capacidade intelectual e de estabelecimento e ou manutenção de relações com base no que pensa e no que diz, indicando também o grau de facilidade que a pessoa tem de utilizar as capacidades mercuriais para aprofundar-se em si mesma, no trabalho de estabelecer pontes funcionais entre a consciência e os “deuses” que vivem dentro dela: seus diversos, e muitas vezes contrastados, conteúdos internos inconscientes.

21 de nov. de 2013

Mente, alma, espírito e Astrologia Arquetípica



Perguntaram-me um dia: “é possível identificar na Carta natal astrológica natal os assuntos mais importantes para a alma da pessoa?”.






Esta é questão muito além de desafiadora, pois para começar é necessário entender do que exatamente se fala, ao mencionar “alma”.


Eu cheguei a discutir um pouco sobre Astrologia, mente, alma e espírito em meu livro Astrologia Arquetípica, autoconhecimento e espiritualidade, mas nada impede que avancemos um pouco por aqui.


Em termos gerais, pode-se dizer que tudo na Carta natal astrológica se refere à alma da pessoa, alma esta que se expressa nas mais determinantes formas de ser, pensar e sentir da pessoa, em suas sucessivas fases de amadurecimento.


Como dizia S. Agostinho sobre a alma, “ela traz todo o conhecimento, e, quando vai aprendendo com a idade, nada mais faz que recordar”.


Nesta forma de ver a questão, uma específica alma não encarnaria em uma vida taurina se sua característica central fosse a de vir a ser aquariana, apenas para dar um exemplo entre os inumeráveis possíveis, pois o arranjo simbólico da Carta natal astrológica é consoante às características da alma que na pessoa se encarnou, englobando a distribuição de Planetas por 
Signos e Casas astrológicas, os Aspectos que eles fazem entre si e as Casas astrológicas da Carta, tal como estão registradas.


Todavia, fechando um pouco o foco, pode ser que a questão apresentada dissesse respeito às questões mais desafiadoras (e fecundas) da pessoa e, por isso, apenas como forma de dizer, “interessam à sua alma”.


Então o olhar toma outro rumo.


Ao analisar uma Carta natal astrológica sob este ângulo, as questões relativas ao Sol e à Lua, ao regente do Signo Ascendente (Casa I) e ao regente do Signo onde está o Meio do Céu (Casa X) são fundamentais para compreender o plano geral de expressão da alma que encarnou na pessoa.


Ao mesmo tempo, as questões relativas aos complexos simbólicos associados à Casa VIII e XII, assim como aos Planetas transpessoais, Urano, Netuno e Plutão, sinalizam as vias de acesso aos estratos mais profundos, praticamente da alma mesma, na pessoa.


Os demais dados astrológicos da Carta oferecerão informações acessórias e, entre elas, o trânsito de Saturno pelas distintas Casas astrológicas e diferentes Aspectos que irá fazendo a cada instante com outros Planetas: por onde Saturno estiver transitando, certamente ali estarão simbolicamente demonstradas as essenciais tarefas de desenvolvimento da alma naquele momento.


Por isso, também, as Tradições apelidaram Saturno de “O Senhor do Carma”.

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