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3 de dez. de 2013

Lei, religião e filosofia, o que nos auxilia a viver em grupo



No princípio, éramos bandos, sobrevivendo como dava, de caça e coleta.


A prolongada infância, já que entre todos os animais levamos muitos anos para poder sobreviver pelos próprios meios, obrigava que o bando convivesse por períodos alongados em benefício da prole, garantia de duração da espécie.

Assim, pouco importa se falamos do estado selvagem, da barbárie ou da primeira civilização, ter regras grupais era fundamental para dirimir conflitos, organizar relações, priorizar obrigações e impedir que, feito animais brutos, a disputa pela sobrevivência levasse à destruição mútua a qualquer momento.

Passamos a enterrar nossos mortos (somos a única espécie a fazer isto), por vezes em elaborados rituais, e, na medida em que fomos expandindo a área geográfica de nossa atuação, começamos a cogitar sobre o mundo e nosso papel nele.

Gradativamente, no transcorrer de milênios ou dezenas de milênios, fomos, como espécie, desenvolvendo aquilo que, na simbólica da Astrologia Arquetípica, encontramos em Júpiter e, por extensão, na Casa IX, relacionada a este Planeta: Leis, Religião e Filosofia.

Raras vezes alguém é bem sucedido nestas áreas da vida, seja por profissão, seja por interesse diletante, se não tiver um Júpiter ou uma Casa IX realçados em sua Carta natal astrológica. Até poderá trabalhar com isso, mas será só funcionário do assunto, dada a ausência de vocação seguramente orientadora, que abre os caminhos e gera/atrai oportunidades.

Aqueles que, além disso, tiverem um Júpiter em trígono ou sextil com Saturno, em geral são pessoas de elevada capacidade de ponderação, cheios naturalmente do que, no popular sábio, costumamos chamar de “bom senso”.

E se ainda por cima tiverem um aspecto harmonioso de Júpiter com Plutão, aí, sim, costumam ser estes os bons juízes e eventualmente até os juristas e jurisprudentes: mais do que operadores do Direito, o que já é bastante quando é bem feito, estes produzem de olho nas necessidades do vasto coletivo (Plutão sempre se refere a poder impessoal), muitas vezes ainda não perceptíveis ao olhar menos vocacionado para isto.

Como estas áreas requerem excelente domínio das artes da linguagem, essencial para exposição de fatos ou direitos e busca de conciliação, costuma ser bastante necessário um Mercúrio bem articulado.

Por fim, para o efetivo exercício de sabedoria, há que ser compassivo, para temperar a dureza da justiça, razão por que um bom convívio com os próprios sentimentos e o respeito cuidadoso com o dos outros é bem mais do que essencial.

1 de dez. de 2013

Eles estão jogando o jogo deles...



Eles estão jogando o jogo deles.
Eles estão jogando de não jogar um jogo.
Se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão,
quebrarei as regras do seu jogo
e receberei a sua punição.
O que eu devo, portanto, é jogar o jogo deles,
o jogo de não ver o jogo que eles jogam”.


Em apenas sete versos, o psiquiatra inglês Roland Laing resumiu em seu livro Laços muito do ambiente infantil da maior parte dos lares em todo o mundo, causa de inadequação e sofrimento futuros, quando o adulto se vir compelido a atitudes e comportamentos sem perceber estar reproduzindo modelos absorvidos muito cedo, quando era criança bastante nova.


A interpretação arquetípica de uma Carta natal astrológica identifica e expõe o que foi oferecido para esta modelagem de infância, por mais que o discurso formal do meio pudesse ter sido outro e até mesmo (aparentemente) oposto.


Sabe as “lendas familiares”?


Para que, então, a pessoa possa se trabalhar em cima do decorrido, resgatando memórias, liberando ressentimentos e alterando atitudes, de algum modo fazendo por escapar do jogo ao compreender o jogo que “eles” jogavam, única forma de acessar melhor o jogo que ainda é jogado dentro de si, na memória, por aprendizado e mimetismo.


Esta é a história de todos nós, da qual não temos como fugir se queremos ser algo diferente do que viemos sendo até aqui: voluntariamente ou não, em algum momento teremos de nos defrontar com a base original do que somos.


O que de fato importa não é o que fizeram de nós; é o que fazemos com o que fizeram de nós.


Mas, o que é uma pena, e como diz a psicóloga e astróloga norte-americana Liz Greene, “os seres humanos só conquistam o livre-arbítrio por meio do autoconhecimento e só procuram este autoconhecimento quando as coisas se tornam tão dolorosas a ponto de não lhes permitir outra escolha”.

27 de nov. de 2013

A imensa capacidade natural de gerar simpatia



Há pessoas que impactam pela extrema facilidade espontânea em gerar simpatia: quase não há, pode ser dito, quem não “goste imenso” de tais pessoas quando em um primeiro contato.


Se depois a afeição ou o respeito vai ser mantido, é outro assunto.


Em tais pessoas, e podem ser homens ou mulheres, é como se suas “metades” internas estivessem tão harmonizadas – como se diz no popular, suas “energias” masculinas e femininas –, que o impacto natural produzido é o de gerar intenção de proximidade e convívio, e a isto podemos chamar “simpatia”.


A Astrologia Arquetípica identifica tal competência humana (não meritória, porque involuntária e inconsciente) quando os símbolos de Sol e Lua estão em Aspecto bastante harmonioso entre si na Carta astrológica natal, independente de Signo ou das Casas envolvidas.


Não se relaciona a inteligência, a idade, a vigor corporal, a cultura ou a classe social, razão pela qual uma convivência mais aprofundada pode identificar traços tão desagradáveis, que a intenção de convívio e proximidade sofre sério abalo.


Casos assim costumam indicar pessoas em cujo ambiente formativo “pai” e “mãe” estavam tão satisfeitos com o tipo de vida que levavam juntos, que é como se se completassem mutuamente (o que não quer dizer que a convivência fosse saudável, já que um homem inclinado a agredir e uma mulher inclinada a ser agredida, ou vice-versa, levam o tipo de vida que os satisfaz neste aspecto, mesmo que de modo doentio).


Assim, em tais casos, uma mais minuciosa análise dos dados da Carta natal da pessoa é prudente, pois a possibilidade de que a pessoa se mantenha apegada em excesso aos modelos inconscientes aprendidos com as figuras parentais é maior do que na média – já que eles achavam muito legal viver assim! –, mesmo que mantendo a pessoa insatisfeita ou em conflito em diversos aspectos de sua vida.


Imagine um homem com Sol em trígono com Lua e ao mesmo tempo Marte em quadratura ao Sol e Marte conjunto a Lua. Esta Carta natal nos fala desta intensa facilidade de gerar simpatia, ao mesmo tempo em que aponta um temperamento pessoal inclinado a correr riscos demasiados (seja em que tipo de atividade for) e uma grande dificuldade de expor sentimentos de modo não agressivo ou violento.


Então, para este indivíduo (seja homem ou mulher e independente de outros traços pessoais), desenvolver maior capacidade de prudência e passar a expor de modo mais equilibrado seus sentimentos são tarefas maiores do que para a média das pessoas com dificuldades análogas, tão apegado aos padrões familiares esta pessoa em geral se encontra.


Bem trabalhado a contento, este indivíduo pode vir a alterar estes padrões que com facilidade o impelem a situações de autodestruição ou pouco respeito, o que é necessário, mantendo a marcada facilidade natural de gerar simpatia, o que é muito bom para o convívio.

25 de nov. de 2013

Astrologia: hobby ou profissão?



A profissão de Astrólogo integra o Catálogo de Profissões do Ministério do Trabalho há anos e atualmente tramita no Congresso Federal o projeto de lei PL 6748/02, para regulamentar a profissão.

Mais do que regulamentação, porém, a Astrologia requer modificações na forma de expressão de seus conceitos. Caso contrário, mesmo regulamentada continuará sujeita a descrença ou até escárnio, por simples desinformação.

Dou um exemplo: em 2009, conhecida astróloga foi mencionada em importante revista semanal explicando que as instituições estavam em xeque porque “o planeta Urano quer a renovação, enquanto Saturno quer manter o status quo”.


Obviamente um planeta não “quer”, seja lá o que for.


Alguém diria: ora, é linguagem simbólica! Mas o receptor da informação não tem como acessar por si só o que está por detrás do simbólico e, assim, enriquecer a compreensão. Este papel de esclarecimento é dos teóricos e profissionais, tanto quando atuam em meios de comunicação, como quando atuam no atendimento de consulentes.


Neste ano de 2013 fiz apelo a profissionais e estudiosos do tema, em um evento da categoria, no sentido de que somássemos esforços para desenvolver uma Filosofia da Astrologia, no âmbito das teorias do conhecimento (Epistemologia).


Pois creio que, na fase humana que atravessamos, na qual tantos importantes paradigmas têm sido alterados por ampliação ou ressignificação de conceitos, aproxima-se o momento em que as bases da Astrologia, e dentro dela, as da Astrologia Arquetípica, serão mais bem reconhecidas.


Tomo como exemplo uma das áreas de conhecimento mais publicamente afins à Astrologia: a despeito de já em 1934, ano de criação da USP, a Psicologia ter sido declarada “disciplina obrigatória de ensino superior” nos cursos de Filosofia, Ciências Sociais e Pedagogia, apenas em 1958 ocorreu o primeiro curso independente de Psicologia na Universidade e só em 1970 foi criado o Instituto de Psicologia, para graduar profissionais que passaram a ser reconhecidos por Lei a partir de 1962.


Obviamente isto exigirá de seus praticantes, por hobby ou profissão, maior precisão conceitual na compreensão e expressão do que informam e de como chegaram ao que dizem. O que requer estudar e, mais do que isso, compreender.


E este é outro bastião de resistência à formalização, já não bastasse o dos céticos, pois cada vez caberá menos a indefinição e vagueza que ainda domina muitas das produções astrológicas mais usuais, notadamente na indústria do entretenimento.


Lá na frente, assim como se passou com outras profissões, não caberá mais tantas expressões generalistas, que mais do que capacidade poética exposta, muitas vezes esconde o despreparo intelectual de quem se inclina a trabalhar com áreas tão sofisticadas de conhecimento.


Não que lhes falte inteligência; provavelmente, tem lhes faltado boa informação.

23 de nov. de 2013

O pensamento nunca expõe toda a verdade



Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia e o mais sagaz dos deuses olímpicos.






Recém-nascido, desatou-se de ataduras que o prendiam ritualmente a um salgueiro e roubou parte de um rebanho de Apolo. Levado a julgamento frente a Zeus, claro que negou tudo, como se dá em casos assim, e terminou prometendo que não mais mentiria... mas nunca contaria toda a verdade!


Assim é o pensamento humano, avesso a deixar-se preso seja ao que for e também avesso a expor toda a verdade, na medida em que é apreciação e ou exposição apenas parcial do que seja de fato verdadeiro.


Por isso, o amadurecimento ensina haver verdades e verdades sobre o mesmo aspecto da realidade, cada qual costumando ser a visão a partir de um ponto, isto é, um ponto de vista.


Em certo sentido Hermes era um deus benéfico, interessado em síntese de opostos por comparação de diferenças, mas era ao mesmo tempo um deus terrível, por sua loquacidade brilhante e facilidade de argumentação, muitas vezes apresentando a realidade travestida em ilusão conceitual, jogo de palavras.


A seguir, menino ainda, levando Apolo a se encantar com a lira e a flauta (de Pã) que ele, Hermes, inventara, persuadiu-o a ensinar-lhe as artes divinatórias, que Apolo presidia, e mais tarde foi alçado a “psicopompo”, isto é, guia de almas, sendo o único deus que entrava e saía do território de Hades a seu bel-prazer.


Diz o romeno Mircea Eliade, historiador de religiões e mitólogo: “os seus atributos primordiais – astúcia e inventividade, interesse pelas atividades dos homens e psicopompia – serão continuamente reinterpretados e terminarão por fazer de Hermes uma figura cada vez mais complexa e, ao mesmo tempo, o Hermes civilizador, patrono da ciência e da imagem exemplar das gnoses ocultas”.


Tudo isso a Astrologia Arquetípica associa simbolicamente ao Planeta Mercúrio, tonalizando sua manifestação conforme a localização deste Planeta na Carta natal astrológica: nos extremos, um Mercúrio geminiano será um beija-flor de informações, interessado em quase nada de muita coisa, ao passo que um Mercúrio virginiano será irritantemente preso a minúcias, escarafunchando detalhes à busca da possível verdade aninhada nas dobras do real manifesto.


Seja como for, Mercúrio nos fala da capacidade humana em transformar, para memorizar e ou transmitir, a realidade objetiva em conceitos subjetivos, a exata possibilidade humana que nos diferencia de todos os outros seres vivos: o verbo.


Destarte, o seu estado na Carta natal (por localização em Signo e Casa astrológica, e pelos Aspectos que faz) oferece informação sobre como a pessoa lida com a própria capacidade intelectual e de estabelecimento e ou manutenção de relações com base no que pensa e no que diz, indicando também o grau de facilidade que a pessoa tem de utilizar as capacidades mercuriais para aprofundar-se em si mesma, no trabalho de estabelecer pontes funcionais entre a consciência e os “deuses” que vivem dentro dela: seus diversos, e muitas vezes contrastados, conteúdos internos inconscientes.

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